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Jul 03, 2023

Autoridades do Arizona reabastecem o abastecimento de água da vida selvagem durante a onda de calor

O verão está a todo vapor no Arizona. Em cidades como Phoenix e Tucson, onde temperaturas recordes têm sido a norma inquietante há dias, as pessoas estão fazendo o possível para evitar o calor e permanecer o mais possível.

O verão está a todo vapor no Arizona. Em cidades como Phoenix e Tucson, onde temperaturas recordes têm sido a norma perturbadora há dias, as pessoas estão fazendo o possível para evitar o calor e manter-se o mais hidratadas possível.

A história é diferente para a vida selvagem do estado. Quando está calor e não chove - o que é o caso até agora nesta temporada - o Departamento de Caça e Pesca do Arizona mantém vivos animais de todos os tamanhos e formas, trazendo água diretamente para eles.

Usando caminhões-pipa e helicópteros pesados, eles reabastecem uma rede de poços de água artificiais, ou bacias hidrográficas, em todo o estado para ajudar a proteger as 800 espécies de vida selvagem do Arizona, desde alces de 500 libras até pequenos ratos-canguru.

“Eles definitivamente sabem quando chegaremos”, disse Jeremy Smith, gerente de captação de água da AGFD. “Eles podem sentir o cheiro da água.”

A agência tem feito este trabalho para salvar criaturas desde a década de 1940, mas ondas de calor invulgarmente intensas, condições de megaseca e chuvas sazonais imprevisíveis ao longo dos últimos anos colocaram a caça e o peixe em alerta total. Como resultado, a frota de caminhões-pipa e helicópteros para terrenos pesados ​​do departamento, que lançam água para as criaturas sedentas que vivem nas montanhas do estado, está de plantão além do que era necessário no passado.

“Passamos 20 anos de uma seca terrível. Estou ouvindo que eles nem usam mais o termo seca, mas sim aridificação do Sudoeste. É dessa magnitude agora”, disse Ed Jahrke, especialista em vida selvagem e gerente de infraestrutura da AGFD.

“Uma incógnita e preocupação maior é a qualidade do habitat”, continuou ele. “O que acontece se a comida não estiver lá? Não podemos entregar mantimentos.”

A AGFD começou a enviar remessas de água para preencher o seu sistema de captação espalhado pelos diversos habitats do estado no final de junho. O futuro do cronograma de entrega depende das chuvas das monções de verão, que fornecem mais da metade da chuva anual em muitas partes do estado. Mas desde 2016, o clima de verão no Arizona tem sido inconsistente. Em 2020, as monções fracassaram. Os meteorologistas chamaram-na de temporada “não-breve”.

“Estávamos entregando água o dia todo”, disse Smith. “Estávamos em modo de confusão”, o que significava “entregar de 30.000 a 40.000 galões de água por semana”.

Este ano, o verão atingiu fortemente em julho, quando uma cúpula de calor cobriu o estado – e grande parte dos Estados Unidos – com temperaturas subindo para mais de 118 graus na área de Phoenix.

Ainda assim, Jahrke relata que os animais estão a beneficiar de um inverno chuvoso que manteve as bacias hidrográficas cheias com o escoamento das tempestades no início deste ano. Embora tenha havido um “aumento nos pedidos de transporte de água” de regiões individuais do AGFD, “ainda não estamos numa fase crítica, apesar do calor recorde”.

Numa manhã recente, Smith e a sua equipa partiram com três camiões carregados com 6.800 galões para um local perto de Gila Bend, no centro do Arizona, uma região baixa e desértica. Demorou cerca de oito horas para viajar de ida e volta da sede em Phoenix e encher o tanque usando mangueiras resistentes ao fogo e água de canos verticais perto do canal que transporta a água do Rio Colorado para o interior, para cidades e fazendas.

Existem 3.000 bacias hidrográficas nestas regiões isoladas e de difícil acesso, metade delas pertencentes a agências federais, mas todas mantidas pela AGFD. O objetivo é manter todas as bacias hidrográficas cheias entre as chuvas de inverno e a chegada das monções de verão.

No início, os sistemas de água da vida selvagem foram concebidos para ajudar a população de codornas e foram apelidados de “bebedores de galináceos”.

Hoje, a maioria das bacias hidrográficas são bacias de cimento de 5.000 galões que drenam para uma calha acessível em tamanho e altura aos visitantes maiores e menores. Alguns podem armazenar até 10.000 galões.

O custo de manter os animais hidratados num ambiente quente está a aumentar. Um alce adulto, por exemplo, bebe de três a cinco litros de água por dia.

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Em média, o custo anual do programa é de 1 milhão de dólares, que cobre o desgaste dos veículos, reparações de captação e manutenção geral. Os caminhões-pipa com tração nas quatro rodas custam US$ 250 mil – Jahrke comprou recentemente quatro. A entrega de helicóptero custa pelo menos US$ 10.000 por viagem.